Idealismo Dialético (Hegel)
O que Hegel buscou com o desenvolvimento de sua filosofia foi tentar explicar o mundo. Ele irá encontrar na Razão o elemento que o faria chegar ao entendimento do mundo. Daí afirmar que a Razão se explica a si própria, como também afirmar que a Razão é quem dirige a história. Para isso escreveu a Ciência da Lógica para poder traçar o corpo de categorias que, numa relação de movimento, caracterizariam a dialética.
A dialética é também um processo de concretização. O momento inicial da tríade é de abstração, por ser mais amplo, pois engloba as três etapas em seus movimentos contínuos e opostos. O momento final do processo que resulta na síntese é o menos amplo, é a fase final do primeiro ciclo dialético que eliminou as demais. Daí que, o que é importante, o movimento dialético representa o processo que vai do abstrato até o concreto.
A dialética hegeliana parte do princípio da identidade de opostos. Ela se compõe de várias unidades, das quais Hegel enumera três: tese, antítese e síntese. A tese poder ser entendida como o momento da afirmação; a antítese é o momento da negação da afirmação, gerando a tensão que origina a síntese, o último momento que corresponde à negação da negação, ou seja, é o resultado da antítese anterior, no qual suspende a oposição entre a tese e a antítese. A síntese representa uma nova realidade marcada pela aparição da Razão Absoluta, da consciência de si, ou, o que dá no mesmo, da autoconsciência. A dialética é o movimento contraditório dentro de unidades que a cada nova etapa nega e supera a etapa anterior, num fluxo contínuo de superação-renovação. Hegel sustenta a idéia de que um princípio não basta em si mesmo, pois carrega em si a contradição e a luta de opostos. Esse processo de superação-renovação é o que Hegel chama de processo de explicitação (NÓBREGA, 2005).